Conclusiones de “La lámpara bajo el celemín”, del Padre Álvaro Calderón
«El magisterio conciliar no sólo carece de autoridad, sino que es reprobable (artículo tercero). En la medida en que el magisterio simplemente auténtico no está asistido por el Espíritu Santo, en esa misma medida debe ser juzgado según los criterios con que se juzgan los doctores privados. Pío XII, por ejemplo, mereció gran autoridad científica como teólogo privado, y sus discursos ocasionales valen más por su autoridad personal que por la autoridad asistida, que es ínfima. Dado, entonces, que el vicio liberal quita al Concilio la seguridad de la asistencia divina, hay que juzgarlo como se juzgan las conclusiones de cualquier congreso de teólogos. Pero, como dijimos, es claro que la doctrina que anima los documentos conciliares responde a la de la nueva teología, condenada repetidas veces por los Papas anteriores de manera general por su intrínseco subjetivismo. Por lo tanto, la doctrina conciliar no sólo carece de valor como magisterio simplemente auténtico, no solamente está exenta de autoridad simplemente teológica, sino que es en su conjunto reprobable, al menos por estar impregnada del relativismo del pensamiento moderno, puesto de manifiesto en la deliberada ambigüedad de su lenguaje.
Como corolario inmediato, hay que decir que las declaraciones conciliares no pueden contribuir en nada al modo ordinario del magisterio, pues el vicio que las afecta impide vincularlas a las declaraciones del magisterio auténtico anterior. Si hay una página, por dar un ejemplo, que parece reafirmar y hacer progresar la enseñanza tradicional es, justamente, la que trata de la autoridad del magisterio jerárquico, en el n. 25 de Lumen gentium. ¿Podemos al menos rescatar este texto? No, por cierto, porque en el capítulo anterior este mismo documento ha subordinado el oficio jerárquico al sensus fidei, lo que obliga a entender la doctrina del n. 25 de manera muy distinta a lo enseñado por el Vaticano I. Además, la misma noción de infalibilidad se desdibuja al sostener que las fórmulas dogmáticas son siempre inadecuadas para expresar el misterio revelado, permitiendo siempre un cierto pluralismo.
Como corolario posterior, se hace evidente que tampoco está comprometida la autoridad doctrinal del Concilio de modo indirecto en las reformas que promovió : ecumenismo, libertad religiosa, colegialidad, liturgia, porque por su escepticismo subjetivista, no cree necesario ni posible confirmarlas en la certeza de la verdad (artículo cuarto). Es más, este maquiavelismo anula su misma autoridad disciplinar.»
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«O magistério conciliar não só carece de autoridade, mas é reprovável (artigo terceiro). Na medida em que o magistério simplesmente autêntico não é assistido pelo Espírito Santo, nessa mesma medida deve ser julgado segundo os critérios com que se julgam os doutores privados. Pio XII, por exemplo, mereceu grande autoridade científica como teólogo privado, e seus discursos ocasionais valem mais por sua autoridade pessoal que pela autoridade assistida, que é ínfima. Dado, então, que o vício liberal tira do Concílio a segurança da assistência divina, deve-se julgá-lo como se julgam as conclusões de qualquer congresso de teólogos. Mas, como dissemos, é claro que a doutrina que anima os documentos conciliares corresponde à da nova teologia, condenada repetidas vezes pelos Papas anteriores de maneira geral por seu intrínseco subjetivismo. Portanto, a doutrina conciliar não só carece de valor como magistério simplesmente autêntico, não somente é carente de autoridade simplesmente teológica, mas é em seu conjunto reprovável, ao menos por estar impregnada do relativismo do pensamento moderno, evidenciado na deliberada ambiguidade de sua linguagem.
Como corolário imediato, deve-se dizer que as declarações conciliares não podem contribuir em nada para o modo ordinário do magistério, pois o vício que as afeta impede de vinculá-las às declarações do magistério autêntico anterior. Se há uma página, para dar um exemplo, que parece reafirmar e fazer progredir o ensinamento tradicional, é, justamente, a que trata da autoridade do magistério hierárquico, no n. 25 da Lumen Gentium. Podemos resgatar pelo menos este texto? Não, por certo, porque no capítulo anterior este mesmo documento subordinou o ofício hierárquico aosensus fidei, o que obriga a entender a doutrina do n. 25 de maneira muito diferente do que foi ensinado pelo Vaticano I. Além disso, a própria noção de infalibilidade se desvanece quando se defende que as fórmulas dogmáticas são sempre inadequadas para expressar o mistério revelado, permitindo sempre certo pluralismo.
Como corolário posterior, faz-se evidente que tampouco a autoridade doutrinal do Concílio está comprometida de modo indireto nas reformas que promoveu: ecumenismo, liberdade religiosa, colegialidade, liturgia, porque por seu ceticismo subjetivista não julga necessário nem possível confirmá-las na certeza da verdade (artigo quarto). Mais ainda, esse maquiavelismo anula sua mesma autoridade disciplinar.»